Scheila Backes: Histórias de superação da Covid-19

Há duas semanas minha vida parou, por conta da Covid-19. Em meio a essa situação em que o mundo se encontra, nunca pensamos que pode chegar na gente, é uma sensação de autoconfiança que vai embora em um piscar de olhos e tudo parece desmoronar. Na minha casa, todos tivemos o contato com o vírus, porém minha irmã mais nova, que está grávida de gêmeos, teve o quadro grave da doença, onde vivenciamos um grande milagre.

Só quem passa é que sabe das dificuldades de enfrentar uma doença que apenas começa a ser conhecida, a forma grave dessa doença é triste e devastadora, são dias sem dormir e muita oração, o isolamento dói, o sentimento de impotência nos toma, e ficamos envolvidos no medo e nas incertezas, aprendemos que é um dia de cada vez, e que ter paciência e fé é a única coisa que podemos fazer. Depois que tudo passa a certeza que fica é que milagres existem, e que tem pessoas que realmente se importam com a gente e que talvez nem sabíamos, depois que tudo passa a seleção das pessoas com quem convivemos é inevitável, aprendemos a valorizar e ser gratos a tudo e a todos. Essa foi minha experiência como parente de paciente grave com risco de vida. Sabemos que a situação da nossa cidade não está boa, mas vamos sempre ser positivos e ter fé, porque tudo vai passar.

Abaixo vocês verão dois depoimentos de duas gestantes que se curaram, uma é minha irmã e outra uma grande amiga.

Continua após o anúncio
BANNER PORTAL MAIS SUL (1)
Mais Sul - 795 x 205 px
Banner 795x205 - Portal Mais Sul - Coopercocal
COOPERALIANÇA-CAMPANHA-CHATBOT-BANNER-SITE- (3) - 795x205
Fim do anúncio

Bruna Felicio Backes Lopes, 26 anos, gestante de 32 semanas dos gêmeos Nicolas e Thomas

“Eu estive internada no hospital durante sete dias e oito noites, (antes disso foram um total de 15 dias indo e voltando do hospital com muita dificuldade respiratória). Cheguei ao hospital já com quadro grave de pneumonia, imediatamente fui internada e começamos o tratamento como Covid, mesmo o resultado sendo inconclusivo (no primeiro exame) porém tinha o agravante dos bebês, uma situação que nos colocava em alto risco de vida. Nos primeiros dias, vivemos na dependência de Deus, porque eu realmente não tinha oxigênio, eu sufocava, mas Deus estava ali o tempo todo. Tivemos que já amadurecer os pulmões dos bebês no primeiro dia de internação. Eu não soube pela equipe que me atendia do risco que se passava, mas tinha um corpo médico PRONTO, pra tirar os meninos, eu estava muito debilitada e com 50% dos pulmões comprometidos, nessa hora eu pedia por um milagre e sentia que estava sendo abraçada por todos que oravam pela minha vida e dos gêmeos Deus se fez presente, e vivemos um grande milagre que surpreendeu até o corpo médico do hospital, em meio a uma grande piora do meu quadro eu começo a reagir, a respiração, pulmão, saturação, e outras coisas que os médicos disseram voltaram a funcionar. E o Pai do Céu foi e será louvado sempre, até mesmo pela equipe de enfermeiros e médicos, que foram anjos, me acalmaram, e não me contaram tudo o que estava se passando na realidade para me preservar e tentar me manter o mais calma possível.

Foram dias escuros, que só quem passa na pele pode sentir, a nossa fé move montanhas e Deus sempre foi fiel, obrigada aqueles que do jeitinho de vocês, oraram e pediram pra Deus, eles escutou cada oração e sem dúvidas vocês são pessoas especiais, que são anjos na caminhada dessa vida, queria poder recompensar, por isso, mas, eu sou só mais uma filha de um Pai Todo Poderoso que ouviu vocês.

Alegrai-vos, pois, filhos de Sião, regozijai-vos no SENHOR, vosso Deus, porque ele vos dará em justa medida a chuva; fará descer, como outrora, a chuva temporã e a serôdia.
Joel 2:23

Nicoly Medeiros Vicente, 18 anos, gestante de 36 semanas do Victor

“Tudo começou no dia 10 de julho, comecei com tosse e muita dor de cabeça, como estou grávida, não posso tomar qualquer remédio, então fiz um chá de limão com mel para a tosse e tomei paracetamol para dor de cabeça, mas não adiantou! Isso era no sábado, no domingo já acordei pior, muita tosse seca, dor de cabeça e muito inchaço no olho, como se fosse uma gripe forte, quando perdi o olfato e o paladar, vi que não estava normal essa gripe, fiquei o dia todo de cama, sem conseguir comer nada, e não suportar mais de tanta dor na minha cabeça, nenhum remédio que tomei adiantou e como estou grávida, me sentia mais cansada ainda, não podia fazer nada, na segunda, dia 12 fui até o centro de triagem para ver se conseguia fazer o teste do Covid então eles me atenderam super rápido e atenciosos, pois meu estado estava grave, pois estou na reta final da gestação e precisava me isolar e saber certinho o que era o quanto antes! Então eu realizei o exame do cotonete (é uma sensação horrível) mas deu tudo certo até aí, fiquei isolada por 14 dias, meu exame depois de quatro dias deu positivo, foi onde me desesperei, pois já estava preocupada com a gestação, e mais isso, foi uma das piores coisas que já me aconteceu, então, fiquei 14 dias certinho, me sentindo cansada, tosse e muita dor de cabeça, não conseguia comer por não conseguir sentir o aroma e nem o gosto, minha sogra, que cuidou de mim me tratou com chá de laranja e limão e isso foi o suficiente para me sentir melhor, meus pais pegaram também, eles ficaram muito fraquinhos e era mais uma das preocupações! Mas agora graças a Deus, estamos curados, e renovados! Eu agradeço todos os dias, por mais um dia de vida, que é poucos que tem esse privilégio, só Deus para nos guardar, só ele é a nossa salvação, graças a Ele eu, meu bebê e minha família estamos bem e curados, desse vírus, e agora eu digo EU VENCI A COVID-19”.

Um abraço apertado e até sexta-feira, me acompanhem nas redes sociais, @scheila_backes.

Leia também