Cuidados Paliativos: abordagem que visa humanização e qualidade de vida do paciente

Criciúma (SC)

A atenção, o cuidado, a segurança do paciente e a humanização estão entre as prioridades nos atendimentos realizados no Hospital São José de Criciúma. Em todos as fases de internação e tratamento, as equipes se esforçam para garantir a qualidade de vida, a saúde e o bem-estar de todos que procuram a instituição.

Uma das áreas de grande atuação e importância são os Cuidados Paliativos (CP). A Organização Mundial de Saúde (OMS) define Cuidados Paliativos como uma abordagem que visa melhorar a qualidade de vida dos pacientes (adultos e crianças) e seus familiares que enfrentam uma doença que ameace a vida. Previne e alivia sofrimento através da identificação precoce, avaliação correta e tratamento da dor outros problemas, sejam físicos, psicossociais e espirituais.

Continua após o anúncio
BANNER PORTAL MAIS SUL (1)
Mais Sul - 795 x 205 px
Banner 795x205 - Portal Mais Sul - Coopercocal
COOPERALIANÇA-CAMPANHA-CHATBOT-BANNER-SITE- (3) - 795x205
Fim do anúncio

O programa de Cuidados Paliativos do HSJosé, conta com uma equipe multiprofissional composta por médicos, enfermeiros, técnicas de enfermagem, psicólogas, assistentes sociais, farmacêutica, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta e dentista. “Nosso programa ainda está em desenvolvimento, com objetivo de amplificação dos projetos. Hoje atendemos qualquer área médica que necessite de auxílio para melhorar a qualidade de vida de doentes graves. Seja para controle de sintomas, auxiliar em uma comunicação de má notícia, acolhimento familiar e suporte ao final de vida. Atendemos nas especialidades clínicas (oncologia, geriatria, cardiologia, pneumologia, neurologia, clínica médica), casos cirúrgicos, na Unidade de Terapia Intensiva e alguns casos na oncopediatria”, ressalta a médica paliativista, integrante do programa do HSJosé, Camila Laesker (CRM – 22555 | RQE – 18979).

Melhora na qualidade de vida

De acordo com a especialista, o objetivo dos cuidados paliativos são os de reduzir o sofrimento e melhorar a qualidade de vida. “É comum as pessoas associarem cuidados paliativos com final de vida, mas esta é só a ponta do iceberg. Cuidados paliativos podem ser oferecidos em qualquer fase de doença, e, preferencialmente, de forma precoce. Compreendendo que o próprio adoecer e seus tratamentos trazem grande carga de sofrimentos, devemos integrar os cuidados paliativos junto aos cuidados curativos e não os separar”, explica a profissional. “Assim melhoramos a qualidade de vida, independente do tratamento curativo ou paliativo da doença de base. Trabalhamos para fazer a pessoa viver bem, mesmo com doença grave ou incurável. Acredito que isso tenha muito a ver com a humanização, olhar para a pessoa que está à sua frente e entender o que ela espera, o que faz sentido para ela e a partir daí, dentro dos nossos conhecimentos técnicos, oferecer um tratamento individualizado”, complementa. 

Atuação importante da equipe

A equipe multiprofissional do HSJosé atua por meio da identificação das necessidades de cada paciente e sua família. Necessidades estas que podem ser físicas (demanda da doença), informacionais, psicológicas, sociais e espirituais. “Através disso, elaboramos um planejamento de cuidado e tentamos alinhá-lo com todos os membros da equipe. Um tratamento centrado na pessoa, nos seus valores e desejos é nosso principal objetivo. Um bom tratamento é aquele que supre as necessidades do doente e seus cuidadores, e, para isso, devemos oferecer terapêuticas que façam sentido para estas pessoas”, garante a médica.

Segundo a profissional, os cuidados paliativos não se fazem com bom senso ou só com boa vontade, há muito estudo, ciência e muita técnica. “Dentro da medicina temos como área de atuação a medicina paliativa. Existe residência multiprofissional em cuidados paliativos para todos os profissionais. É importante também ressaltar que o paciente não ‘vira paliativo’, ele tem indicação de cuidados paliativos”, explica a médica.

Alguns princípios dos Cuidados Paliativos destacados pela OMS

• Afirmar a vida e aceitar a morte como processo natural; 

• Não apressar nem adiar a morte; 

• Qualidade de vida até o momento da morte;

• Aliviar a dor e outros sintomas;

• Integrar aspectos físicos, psicossociais espirituais; 

• Abordagem multiprofissional; 

• Acolhimento da família faz parte dos cuidados; 

• O cuidado deve ser iniciado precocemente e complementarmente às terapias que tenham o objetivo de prolongar a vida.


Quer receber as notícias na palma da sua mão? Clique aqui e siga nosso canal no WhatsApp.


 

Leia também