“130 anos; 130 histórias” registra memórias dos moradores de Nova Veneza

Nova Veneza (SC)

A Secretaria de Cultura, Esporte e Turismo de Nova Veneza, com o apoio do Centro de Memória e Documentação (Cedoc) da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), está produzindo um projeto, em forma de vídeos, intitulado “130 anos, 130 histórias”, que contará a trajetória de vida das pessoas mais idosas do município. A assinatura do contrato ocorreu na tarde desta segunda-feira (30/8) e contou com a presença do prefeito Rogério Frigo e da reitora Luciane Bisognin Ceretta.

Por meio de entrevistas com idosos das mais diferentes localidades do Município, a ideia é contar a história de Nova Veneza através dos olhares destes cidadãos que muito contribuíram para o crescimento da cidade. São diferentes perspectivas sobre a história de famílias, comunidades e de todo o Sul de Santa Catarina.

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O chefe do executivo conta que a iniciativa surgiu após notarem que o município não possui registros audiovisuais das histórias dos próprios cidadãos. “Aproveitamos que Nova Veneza completou 130 anos e tivemos a ideia de fazer esta homenagem para as 130 pessoas mais idosas da nossa terra. É muito gratificante saber que a história das nossas famílias vai ficar eternizada neste belo projeto desenvolvido em parceria com a Unesc. É um conteúdo que ficará no nosso Museu para reforçar ainda mais a nossa cultura”, enfatiza Frigo.

Investir no registro e na documentação dessas memórias, para Luciane, é um ato de sensibilidade da gestão Municipal. “Preciso parabenizá-los pelo apoio à ideia. Isso é ter visão de longo alcance. Imagine o valor do patrimônio cultural desses registros daqui há vinto anos. O futuro promissor deve ser sempre embasado na valorização também de quem nos antecedeu. A colheita desse investimento não será somente agora com o encantamento que os vídeos irão produzir, mas será também futura, pelo legado que está sendo deixado”, comenta.

Ideia já sonhada pelo Município

A criação de um arquivo que conta com as principais histórias e elementos culturais do município, um banco de história oral, integra o Plano Municipal de Cultura elaborado na Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Turismo e agora se concretiza a partir da narrativa dos cidadãos neovenezianos. “O que tem de rico nesse projeto é que ele conta narrativas que não necessariamente seriam contadas se não fossem estimuladas. Porque temos pessoas que gostam de contar suas histórias e participam dos círculos culturais e sociais, mas também tem pessoas que não. O legal do projeto é que a gente avalie e conheça várias perspectivas das histórias das nossas famílias e de Nova Veneza”, pontua a secretária, Carolina Ghislandi.

Realizar um trabalho de tamanha magnitude representa, para o coordenador do Cedoc da Unesc, Paulo Osório, um privilégio. “É um grande presente. O projeto é inovador e completa o trabalho que o Cedoc já vem desenvolvendo com o propósito de preservar memórias da região. O material produzido aqui em Nova Veneza certamente será referência para outros projetos desse tipo”, acrescenta.

As primeiras entrevistas com as estrelas do material, os idosos, já foram realizadas pela equipe da Universidade e mostram a riqueza do resultado que está por vir. “Temos sido muito bem recebidos e encontrado histórias espetaculares, que vão, inclusive, se cruzando. As pessoas têm gostado de falar e contar suas memórias para que fiquem registradas”, comenta Paulo. 

As gravações estão sendo realizadas pela equipe formada pelas historiadoras Andiele de Souza Baranoski e Liziane Acordi Rocha e pela editora de vídeo Bruna Speck, que seguem rigoroso protocolo de biossegurança. A equipe trabalhará de forma intensa ao longo dos próximos cinco meses para a gravação e edição de todo o conteúdo, que estará disponível no segundo andar do Museu do Imigrante Cônego Miguel Giacca, de Nova Veneza, não só para visitação, mas como fonte de pesquisa sobre a cidade e a região. 


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