Médico infectologista do HSJosé alerta para o cuidado com a proliferação da dengue 

Criciúma (SC)

Nas últimas semanas, temos ouvido e muito falar sobre a proliferação da dengue. Dados divulgados pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE/SC), em maio, apontam que Santa Catarina já possui mais de 32.206 mil casos confirmados da doença, onde 28.752 são casos contraídos dentro do Estado. A DIVE aponta ainda que 2022 já registra o maior número de casos de dengue em SC.

Sendo assim, é necessário que o cuidado e atenção quanto ao acúmulo de água parada sejam redobrados. O médico infectologista e diretor técnico do HSJosé, Dr. Raphael Elias Farias, explica sobre a doença viral, seus sintomas e porque é necessário ter um cuidado redobrado quanto a transmissão da doença.

Continua após o anúncio
BANNER PORTAL MAIS SUL (1)
Mais Sul - 795 x 205 px
Banner 795x205 - Portal Mais Sul - Coopercocal
COOPERALIANÇA-CAMPANHA-CHATBOT-BANNER-SITE- (3) - 795x205
Fim do anúncio

O que é a dengue?

Raphael Elias Farias: “A dengue é uma doença viral, transmitida por um arbovírus, com quatro subtipos, 1,2,3,4. Essa doença se manifesta após a picada de um mosquito fêmea Aedes aegypti, que tendo o vírus neste mosquito, ao picar uma pessoa, a mesma começa a desenvolver sinais e sintomas. Criciúma e região possuem focos deste mosquito, bem como a região Oeste e Norte; que já possuem casos de transmissão autóctone, que são mosquitos com o vírus, transmitindo para as pessoas e em nossa região, casos importados de pessoas vindo para nossa região com dengue. Como o vírus presente, o mosquito é o vetor para essa transmissão, e as pessoas em nossa região, suscetíveis; que nunca tiveram dengue acabam tornando a região um ambiente propício para essa transmissibilidade Então neste contexto, temos uma doença que está chegando e desta forma precisamos ter os cuidados para que ela não avance, não prolifere; pra que a gente tenha essa ação controlada e não viemos viver de novo uma pandemia”.

Quais os sintomas da dengue?

Farias: “Em geral, na dengue, o paciente vai começar a ter um quadro gripal, com sinais e sintomas como febre, dor de cabeça, uma dor por atrás do olho, dor nas articulações, dor no corpo, podendo evoluir para um quadro grave de sangramento descompensando outros órgãos do corpo, havendo em alguns casos a necessidade de internação e até mesmo internação em uma Unidade de Terapia Intensiva. A dengue, na grande maioria dos casos, o paciente evolui para melhora sozinho”.

Como agir na suspeita de dengue?

Farias: “A importância das pessoas com suspeita de dengue procurar uma unidade de saúde é para fazer o diagnóstico e acompanhamento. Isso é importante porque no início, a doença até pode parecer alto limitada, mas ao longo dos dias ela pode ter sinais de complicação. Então esse monitoramento do paciente é importante, principalmente no local de saúde que vá acompanhando este paciente. E ao primeiro sinal que a gente chama de alerta, essa pessoa deve ser conduzida para uma internação e uma medicação um pouco mais intensa para que haja uma melhora destes sinais e sintomas”.

O alerta?

Farias: “Estamos em um momento de alerta sim. Um risco maior. Nunca tivemos tantos focos do mosquito em nossa região. Cabe aqui o alerta. O que teríamos pra fazer, pra coibir tudo isso. Tirar aquelas águas paradas em nossa região. Algo que já ouvimos há vários anos, mas até então a dengue nunca havia chego em nossa região desta forma. Mas agora é o momento de intensificar as ações, para que a gente retire toda possibilidade de transmissão do mosquito, porque não havendo mosquito não há transmissão, diferente do coronavírus que a gente tinha uma transmissão na conversa por exemplo pelas gotículas, agora temos a transmissão pelo mosquito de uma pessoa infectada para outra. Temos sim que ter este cuidado na nossa casa, na nossa região, e lembrar o outro também  desse cuidado pra que a gente possa, diminuindo o foco do mosquito diminuir a transmissibilidade da doença”.


Quer receber as notícias na palma da sua mão? Clique aqui e siga nosso canal no WhatsApp.


 

Leia também