Criciúma (SC)
Com o início do Outubro Rosa, a campanha de conscientização sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama ganha força. A ação reforça a necessidade dos cuidados com a saúde das mulheres ao incentivar a realização de exames de imagem, como a mamografia, fundamental para a detecção precoce da doença.
Quanto antes o câncer de mama for diagnosticado, maiores são as chances de tratamento eficaz e cura.
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Conforme a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o câncer de mama é o tipo mais comum em todo o mundo, representando cerca de um em cada três casos de câncer diagnosticados em mulheres no Brasil. Nas mulheres brasileiras, a doença é a mais incidente, com 74 mil casos novos previstos por ano até 2025.
“Os principais fatores de risco são histórico familiar, principalmente se a mulher possui dois ou mais parentes de primeiro grau com câncer de mama, também se este familiar teve a doença antes dos 40 anos de idade, pois quanto mais cedo, maior o risco de ter o fator genético associado. É preciso ficar atenta também ao histórico hormonal. Meninas que menstruam cedo, que não engravidam antes dos 30 anos de idade e que não amamentam também têm maior risco de desenvolver a doença. Além disso, temos o sedentarismo; o sobrepeso e o consumo de cigarro e de álcool”, aponta a radiologista da Cliniimagem, Rafaella Guglielmi Spillere Búrigo.
Detecção
Ainda conforme a SBM, quando o câncer de mama é diagnosticado em estágios iniciais, as chances de cura são significativamente maiores, podendo superar 95%, sendo a mamografia o exame de rastreamento recomendado para mulheres a partir dos 40 anos de idade, que ajuda a detectar tumores mamários antes que se tornem palpáveis.
“O diagnóstico precoce é fundamental, o que é possível por meio da mamografia. O ideal é que as mulheres separem um mês do ano para fazer todos os exames de rotina. A mamografia é o exame que detecta o câncer na fase mais inicial, por isso é tão importante, pois permite percebermos a lesão antes de se tornar um nódulo. A detecção precoce torna as chances de cura maiores. Quanto mais cedo descobrir, mais simples e fácil é o tratamento”, comenta.
A radiologista da Cliniimagem enfatiza que em alguns casos específicos pode-se realizar a ressonância magnética como, por exemplo, em mulheres que têm histórico na família. “Ela também auxilia na detecção precoce, mas não é um exame de rotina. Os aparelhos de exames de imagem evoluem rapidamente, sempre surgem resoluções melhores. A mamografia progride em resolução, com imagens mais precisas, mas não surgiram novas tecnologias capazes de substituí-la”, afirma.
Em algumas situações, a ultrassonografia complementa a mamografia, como por exemplo, em pacientes que têm mamas densas à mamografia, lesões palpáveis e processos inflamatórios. Exames como esse devem ser antecedidos pela mamografia e, quando necessário, deve-se prosseguir a investigação com ultrassonografia.
Ainda sobre a mamografia, ela conta que está caindo o mito de que fazer o exame dói. “Na prática, é um exame que não é agradável, um pouco dolorido, mas que é rápido, só um segundo de compressão. Vejo que as mulheres não têm mais este medo, somente a minoria comenta sobre isso”, relata.
A importância do Outubro Rosa
Para Rafaella, o Outubro Rosa se consolidou, sendo uma campanha que a maioria das pessoas conhece. “Todo o ano lembramos as mulheres sobre a importância dos exames preventivos de mama. Primeiro que ela dura um mês, o que permite atingirmos o maior número de mulheres possível, pois neste período é difícil não ouvir falar sobre o tema. Vimos na prática que em outubro, novembro, e até mesmo em dezembro, o número de exames relacionados à saúde da mulher aumenta. Ouvindo sobre o assunto, as mulheres lembram-se de fazer e agendar os exames”, cita.
“O câncer de mama tem cura e no Outubro Rosa conhecemos histórias de mulheres que venceram a doença. É preciso seguir falando sobre o assunto para mostrar que tem cura e que, se o tratamento começar cedo, será mais tranquilo e as chances de cura serão maiores”, acrescenta.
Prevenção
Como forma de prevenção, Rafaella cita atitudes como combate ao sedentarismo e à obesidade, a praticar exercícios físicos regularmente, além de evitar fumar, ingerir bebidas alcoólicas e, principalmente, conhecer o próprio corpo. “Quem conhece seu corpo sente quando algo está diferente, e aqui entra o autoexame. Ele é importante, mas não substitui a mamografia. A importância do Outubro Rosa está na desmistificação do câncer de mama, em falar abertamente sobre o assu